quarta-feira, junho 27, 2007

::(In)segura-me...

Não sei por onde passas,
Que causas em outras pessoas,
Questiono que talvez não seja apenas em mim que tocas…
Provavelmente não é apenas a mim que queres,
Se é que queres,
Se alguma vez quiseste,
Se ainda vais querer,
Não sei…
Nem sequer isso sei,
Nem essa certeza tenho,
Nem sei como me vês,
Nem o que julgas, pensas, ou sentes,
Ou se nada sentes…
Não sei…
Mas sei…
que todas as noites
este aperto no peito
esta insegurança,
este grito contido,
me leva ao desespero
e afirma a minha fraqueza…
a minha inexistente auto-estima,
que é reflectida sempre que espreito por algum espelho…
Que queres tu?
Vales isso que vês…
Valho nada,
Esse nada que me sufoca e é
Ao mesmo tempo,
a resposta para essas duvidas todas…
Sem ego…
Sem resposta…
Sem te ter…
Sem sentimento,
Sem nada…
Sou nada… cruel e eternamente nada…
e tudo que o queria.. era nada ser…


Estou Insegura...
(in)segura-me... preciso-te!

quarta-feira, junho 13, 2007

talvez::::


Talvez um dia…
sentirás a pele rasgar-se por entre os teus poros, a arder por entre os teus poros, os ossos a rasgarem a tua pele e a furá-la, e a purgá-la, a picotá-la, esquiçando leves pontilhados de sangue… cada dolorosa e fina perfuração acordará, talvez um dia, o expoente máximo da miséria e solidão… a tortura, a loucura, a obsessão, a indiferença e a revolta nesse silêncio…
talvez um dia sintas a dor, esta dor que sinto e sou incapaz explicar ou ver…
silêncio… até quando?
Talvez até um dia

domingo, junho 03, 2007

Coleciono fantasmas que não são meus, mas que conheço e me procuram para me desenganar...
Afinal quem me julguei eu?!
misera alma perdida, no fio da navalha entre a loucura e o suicidio... contínuo desequilibrio.
Afinal quem me julguei eu?!
Fantasmas que não eram meus...
Fantasmas e recordações por eles destruídas...
Rasgaram-me a minúscula fonte de confiança que julguei ter,
que julguei ser...
Á noite sento-me na cama,
abraço-me ás minhas pernas e encosto-me á parede,
e assim permaneço... imóvel a ouvi-los...
a ouvi-los destruir tudo em que acredito.
E de nada servem lágrimas...
Afinal quem me julguei eu?!
Que mais teria eu que este silêncio e desespero?
Que me poderia distinguir do resto?!
Afinal nada... Afinal nunca foi nada!
Afinal...
quem me julguei eu?!