quinta-feira, setembro 29, 2011

Pequenos nadas que são tudo!

Foste um instante na minha vida,
O instante que precisei para acordar e me sentir viva.
Sem me tocares, conseguiste despertar sensações em mim que julguei... ser apenas habitual na adolescência...
E... Desvaneceste-te...
Dei por mim e tudo tinha parecido apenas um sonho de uma noite quente em que poderia ter conquistado o mundo,
Mas... faltou-me a voz, a garganta ficou seca, as pernas tremeram, todo o corpo sentia suores frios...
Dá-me tempo...
Preciso de me habituar...
As tonturas têm que passar,
O ritmo cardíaco tem que acalmar...
E essa tua presença mexer apenas menos um pouco comigo...
Preciso disso para não continuar paralisada...
Foi bom sentir o que a tua voz me fez...
Vibrar com aquele olhar...
As palavras...
Arrepiar-me!
Precisei de coleccionar pérolas para perceber o quão bruta e intocável é a beleza de algumas delas...
Foste o instante que nunca tivemos...
Fizeste com essa ausência o que muitas presenças não conseguiram mesmo tentando...
Foste um sonho bonito...
Não te vou esquecer...
Obrigado por me dares a mão e me ajudares a atravessar a ponte que me separava do resto do mundo...
Nunca exististe...
Aliás...
Exististe sim...
Nos meus pensamentos...
Na minha imaginação...
E acredita...
EXISTISTE MESMO!!!
E vou guardar-te aí... porque foi bom de mais para apagar pensamentos como aqueles...
Foi bom...
Foste um lindo instante...
Foste um instante fugaz...
Foste o esboço daquele momento incontrolável...
Foste aquele instante que vai ficar por acontecer...
Mas mesmo sem nada ser... foi bom demais!

"Mexes comigo... E não gosto nada disso! Mesmo nada!! Mas... Não sei porque, inspiras-me..."

terça-feira, setembro 20, 2011

Recomeça...

Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.


Miguel Torga, Diário XIII


[obrigado... um beijo enorme]

..::. I have a dream...

To Build A Home

There is a house built out of stone
Wooden floors, walls and window sills...
Tables and chairs worn by all of the dust...
This is a place where I don't feel alone
This is a place where I feel at home...

Cause, I built a home
for you
for me

Until it disappeared
from me
from you

And now, it's time to leave and turn to dust...

Out in the garden where we planted the seeds
There is a tree as old as me
Branches were sewn by the color of green
Ground had arose and passed it's knees

By the cracks of the skin I climbed to the top
I climbed the tree to see the world
When the gusts came around to blow me down
I held on as tightly as you held onto me
I held on as tightly as you held onto me...

Cause, I built a home
for you
for me

Until it disappeared
from me
from you

And now, it's time to leave and turn to dust...

domingo, setembro 11, 2011

::.. pAZ!

Chorar não chega!
Deixa correr toda a água do mar...
Abre as barragens...
Rebenta com os pontões...
Esmaga cada obstáculo que à frente desta força natural se atravessar!!!
Mesmo depois disso...
Não chega!
Coloca-te frente a frente com o perigo para ver quem leva a melhor...
Quem será mais forte?
Se não te matar... serás mais forte!
é a lei da vida e da existência humana...
A estupidez faz parte desse caminho!
Por entre confusas melodias e turbilhões...
O som dessa arpa da liberdade soa baixinho...
Suavemente...
Quase inaudível...
Por detrás de todas essas rochas que colocas-te no teu caminho...
Nesse longo e doloroso caminho.
Descalça, o percorro...
Piso vidros e espinhos,
Descubro afiadas pedras,
Piso labaredas e brasas incandescentes,
Encontro gelo,
Alcatrão,
velho e novo,
Areia,
Rochas,
troncos,
Água!
Nos pés,
tornozelos,
joelhos,

Gelada!

coxas,
ancas,
cintura,
peito,
ombros,
pescoço,

Glaciar!

boca,
olhos,
cabelo,
braços,
mãos...

 pulmões...

Paz!
Finalmente... paz...

sexta-feira, julho 29, 2011

por segundos:::....

E hoje?...
Que faço se o meu interior se revolve, transforma tudo em cinzas e se destrói...
Que faço se todo o meu corpo sente ser atravessado por ácido...
O que digo se o que me apetece é não falar?!
O que faço se o meu silêncio grita em forma de sorriso...nervoso...instável...
Confuso?!
Não... ainda estás bem longe de entrar na minha alma... para poderes de facto acha-la confusa...
Se o turbilhão de vozes que percorrem os meus pensamentos se calassem...
Se nem que fosse por um instante conseguisse fechar os olhos e não ver...
Não sentir...
Não saborear...
Não tocar...
Não voltar a um passado distante...
Se ao menos pudesse mandar na minha própria mente...
Talvez não sentisse falta de um abraço que em tempos, há muito tempo...muito mesmo...
Um dia...
me protegeu...
Por muito que essa sensação fosse uma
"falsa eternidade"
naquele momento...
era eterno.
era seguro.
era efémero.
era real.
era nada.
era apenas!
é um pensamento forte.
é um soluçar sem fim.
é um suspiro vazio.
é um adeus para sempre.
é uma memória vaga.
era uma necessidade física, de mim e de ti... mesmo sem me veres ali...
era algo carnal.
é algo humano.
era algo utópico.
é algo que já não é.
Nem nunca foi.
Nem nunca vai ser.
Nem nunca vai voltar a repetir-se.
é algo que nunca existiu!
É um adeus para sempre.
É uma saudade efémera do teu corpo.da tua boca.do teu calor.do teu cheiro.da tua carne.do teu pecado. nosso. do proibido.
do que acabou sem sequer ter começado.
sinto-te aqui.
abraçando a minha frágil mente, com o teu corpo enorme. era pequena e frágil nos teus braços.
era pequena e vulnerável.
mas naqueles segundos.
só naqueles mesmos segundos.
sinto-te.
e relembro-me de que apenas por fugazes momentos a felicidade me foi íntima...

domingo, julho 17, 2011

::..:::. . disappointed...

Andando em círculos.
É assim que sinto o meu eu.
Percorro ciclos repetidamente,
Que não sei manipular.
Á minha volta tudo é verdadeiramente irreal...
E eu,
Espero pacientemente que o pesadelo acabe...

Não acaba.
Porque nesta altura,
A eterna fusão já aconteceu.
Já é tarde...
tarde demais...
para voltar atrás...
O passado, o presente e o futuro,
o real e a fantasia,
agora,
São um só...
e eu fico aqui.
efémera,
presa,
nestes cíclos,
andando ás voltas,
percorro círculos repetidamente.
Não sei muito bem onde estou...
Nem o que o meu interior dita,
Nem o que a razão quer,
Nem se realmente quer ou não alguma coisa.

Desiludo-me mais e mais.
Ninguém tem culpa.
Apenas eu
e
a minha teimosa mania de
presentear com
qualidades
que idealizei em algum dos meus sonhos...
Humanos e mortais!
Que jamais...
jamais...
Encarnariam tal papel!

segunda-feira, julho 11, 2011

26

Definitivamente...
O que não nos mata torna-nos mais fortes...
Cada dia que recordo, guardo sempre de cada um todos os sentimentos.
A mágoa,
A dor,
A tristeza,
O desepero,
O pânico,
mas também,
A alegria,
O amor,
O ânimo,
A vontade,

mesmo quando as forças me faltam...

E faltam!
Tantas vezes...

Hoje não sou feliz.
Admito-o...

Mas tenho mil razões para o querer ser...

E quero!

Um dia,

Talvez um dia...

Eu irei conseguir!

segunda-feira, maio 09, 2011

quando vires os teus olhos...

Quando vires os teus olhos a verem-te, quando não souberes se tu és tu ou se o teu reflexo no espelho és tu, quando não conseguires distinguir-te de ti, olha para o fundo dessa pessoa que és e imagina o que aconteceria se todos soubessem aquilo que só tu sabes sobre ti.
 José Luís Peixoto in “Antídoto

domingo, maio 01, 2011

Renascer...

Depois de tão grande ausência... 
Escrevo.
Sim, ainda escrevo.
Ainda escrevo com dor e raiva e até revolta... 
A vida passa mas há conflitos eternos (e externos também) por resolver...
Talvez um pouco mais madura... Talvez não!
Hoje deparo-me com outras realidades.
Hoje fujo para mim... e não de mim como habitualmente.


Com tantas voltas que o mundo dá... procuramos sempre o "lar" seja ele onde for... 
Muitas dores gritaram nesta ausência. Muitas dores não vão ser publicadas também. Mas com este dia quero marcar um RENASCER. Não por nada em especial. Apenas porque assim o entendo! Hoje é um dia tão merecedor como outro qualquer! 


Feliz dia da mãe! Para todas as mães e para a minha em especial! Porque é minha e porque é linda! Força mãe... tudo vai correr bem!


Feliz dia do Trabalhador... apesar de este dia para mim ser bastante confuso e inquietante... pois sou daquela geração que não conhece outra alternativa aos precários falsos Recibos Verdes! Enfim... "remar, remar... forçar a corrente" já dizem os Xutos... Pode ser que resulte!


E porque não este dia?!
É um óptimo dia para regressar ao activo neste meu tão prezado cantinho onde guardo palavras e textos que respiram sentimentos do meu coração!


Voltei.

Amor Electro

 
Saber o que fazer,
Com isto a acontecer,
Num caso como o meu.
Ter o meu amor,
Para dar e pra vender,
Mas sei que vou ficar,
Por ter o que eu não tenho,
Eu sei que vou ficar.
É de pedir aos céus,
A mim, a ti e a Deus,
Que eu quero ser feliz,
É de pedir aos céus.
Porque este amor é meu,
E cedo, vou saber
Que triste é viver,
Que sina, ai, que amor,
Já nem vou mais chorar,
Gritar, ligar, voltar,
A máquina parou,
Deixou de tocar.
Sentir e não mentir,
Amar e querer ficar,
Que pena é ver-te assim,
Já sem saberes de ti.
Rasguei o teu perdão,
Quis ser o que já fui,
Eu não vou mais fugir,
A viagem começou,
Porque este amor é meu
E cedo vou saber,
Que triste é viver,
Que sina, ai, que amor.
Já nem vou mais chorar,
Gritar, ligar, voltar,
A máquina parou.
Deixou de tocar,
É de pedir aos céus,
A mim, a ti e a Deus,
Que eu quero é ser feliz,
É de pedir aos céus.
Porque este amor é teu,
E eu já só vou amar,
Que bom não acabou,
A máquina acordou.