“ o que sou para ti?”
«Foda-se dóis-me… é tudo o que te quero e posso dizer…
DÓIS-ME!!!!!
Dóis-me aqui dentro do peito!
Dóis-me aqui neste aperto na garganta!
Dóis-me neste espaço físico que nos separa!
Dóis-me neste silêncio que nos une!
neste toque da tua mão na minha pele, neste sabor da tua língua que ficou na minha boca, dóis-me nesta carícia que toca o meu cabelo, no teu empurrar da minha cabeça para o teu ombro, nos meus lábios a experimentar o desenho e o aroma do teu corpo, dóis-me no meu corpo, dói-me a falta que me fazes, quando me prendes com força nas tuas mãos, quando me mordes e me feres, quando me agarras e me feres ao largar-me. dóis-me nos traços do meu abraço, no sexo que não fizemos, no ritmo que não tivemos, no tempo que não tivemos… dóis-me naquele intervalo em que permanecemos… Dóis-me tanto quando o teu respirar fala mais alto que qualquer razão e eu gosto, quando o teu ofegante respirar é qualquer coisa não sentida, quando me tocas e me queres, quando me queres tanto que me assustas não me querendo… Dóis-me aqui nas marcas que me deixas-te… em todas elas me doís… em todas elas… deixo de pestanejar e adormeço uns segundos… e em todas elas vejo o teu corpo, vejo e sinto o teu corpo, vejo, sinto e toco a violência do teu corpo, deste desejo estranhamente assustador e indefinido… dóis-me na nudez do teu corpo…
Dóis-me no calor que me deste, na evidente “irracionalidade lógica” que me causas, nesta loucura a que me levas quando estás (e não estás) por perto.
dóis-me na mudez dos teus beijos, dos teus lábios e do teu olhar.
foda-se… dói-me não me amares! É isso que me dói… mais que a ressaca que te tenho, mais que qualquer falta… mais que qualquer coisa…
dóis-me por não me amares!
dóis-me tanto por não me amares!
não importa que não me saibas… que não entendas o que para ti sou, não interessa…
não quero saber se sou a 10ª ou a 57ª … não me interessa!
não quero que me compares…
nem quero que me mintas…
apenas quero que me digas o que sentes, porque isso sabes, claramente que isso sabes.
e … meu amor…
já sei, eu já sei que me não amas… mas ao menus diz-me que me sentes…
diz-me que me sentes, ou sentis-te… não apenas com a carne, não apenas com um instinto, como uma reacção inesperada.. irracional… animal até…
não quero saber o dia de amanhã… nem previsões meteorológicas, dispenso-as…
porque o meu amanhã sou eu que o desenho… ou já o tenho tatuado na pele.. talvez, não o sei bem…
não é isso que quero, não é nada disso que quero…
não amor, não quero promessas vãs nem planos ocos… nunca te pediria isso.. conheço-te bem demais para tal… se o fizesses…deixarias de ser tu… não quero!
quero apenas o que sentes… é tudo o que quero, preciso saber o que me sentes, a minha “pseudo-sanidade” pede-me isso…
quero apenas o que me sentes…
dá-me…
dá-me e mostra-me apenas o que me sentes! »
enquanto isto e tantas outras
palavras,
sentimentos,
frases calculadas,
monólogos completos pairavam na minha cabeça…
“ o que sou para ti?”
Foi tudo o que consegui proferir…
Apenas…
“ o que sou para ti?”,
«Foda-se dóis-me… é tudo o que te quero e posso dizer…
DÓIS-ME!!!!!
Dóis-me aqui dentro do peito!
Dóis-me aqui neste aperto na garganta!
Dóis-me neste espaço físico que nos separa!
Dóis-me neste silêncio que nos une!
neste toque da tua mão na minha pele, neste sabor da tua língua que ficou na minha boca, dóis-me nesta carícia que toca o meu cabelo, no teu empurrar da minha cabeça para o teu ombro, nos meus lábios a experimentar o desenho e o aroma do teu corpo, dóis-me no meu corpo, dói-me a falta que me fazes, quando me prendes com força nas tuas mãos, quando me mordes e me feres, quando me agarras e me feres ao largar-me. dóis-me nos traços do meu abraço, no sexo que não fizemos, no ritmo que não tivemos, no tempo que não tivemos… dóis-me naquele intervalo em que permanecemos… Dóis-me tanto quando o teu respirar fala mais alto que qualquer razão e eu gosto, quando o teu ofegante respirar é qualquer coisa não sentida, quando me tocas e me queres, quando me queres tanto que me assustas não me querendo… Dóis-me aqui nas marcas que me deixas-te… em todas elas me doís… em todas elas… deixo de pestanejar e adormeço uns segundos… e em todas elas vejo o teu corpo, vejo e sinto o teu corpo, vejo, sinto e toco a violência do teu corpo, deste desejo estranhamente assustador e indefinido… dóis-me na nudez do teu corpo…
Dóis-me no calor que me deste, na evidente “irracionalidade lógica” que me causas, nesta loucura a que me levas quando estás (e não estás) por perto.
dóis-me na mudez dos teus beijos, dos teus lábios e do teu olhar.
foda-se… dói-me não me amares! É isso que me dói… mais que a ressaca que te tenho, mais que qualquer falta… mais que qualquer coisa…
dóis-me por não me amares!
dóis-me tanto por não me amares!
não importa que não me saibas… que não entendas o que para ti sou, não interessa…
não quero saber se sou a 10ª ou a 57ª … não me interessa!
não quero que me compares…
nem quero que me mintas…
apenas quero que me digas o que sentes, porque isso sabes, claramente que isso sabes.
e … meu amor…
já sei, eu já sei que me não amas… mas ao menus diz-me que me sentes…
diz-me que me sentes, ou sentis-te… não apenas com a carne, não apenas com um instinto, como uma reacção inesperada.. irracional… animal até…
não quero saber o dia de amanhã… nem previsões meteorológicas, dispenso-as…
porque o meu amanhã sou eu que o desenho… ou já o tenho tatuado na pele.. talvez, não o sei bem…
não é isso que quero, não é nada disso que quero…
não amor, não quero promessas vãs nem planos ocos… nunca te pediria isso.. conheço-te bem demais para tal… se o fizesses…deixarias de ser tu… não quero!
quero apenas o que sentes… é tudo o que quero, preciso saber o que me sentes, a minha “pseudo-sanidade” pede-me isso…
quero apenas o que me sentes…
dá-me…
dá-me e mostra-me apenas o que me sentes! »
enquanto isto e tantas outras
palavras,
sentimentos,
frases calculadas,
monólogos completos pairavam na minha cabeça…
“ o que sou para ti?”
Foi tudo o que consegui proferir…
Apenas…
“ o que sou para ti?”,
como ultimo fôlego,
ultimo trago de ar que me foge do peito…
foi tudo o que ecoou nas paredes das casas…
daquelas casas que se tornaram o mais incómodo dos nossos problemas…
como uma cómoda e oportuna fuga de ambos…
a um abismo sufocante…
onde até as palavras falham…
Foi tudo o que saiu da minha boca…
daquelas casas que se tornaram o mais incómodo dos nossos problemas…
como uma cómoda e oportuna fuga de ambos…
a um abismo sufocante…
onde até as palavras falham…
Foi tudo o que saiu da minha boca…
como uma curta síntese de um discurso elaboradamente angustiante…
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