segunda-feira, novembro 20, 2006

Grito….
A todas as horas… peço desesperadamente ajuda, e em silêncio… grito!!! GRITOOO será que alguém me ouve?! Caminhamos vagamente nesta rotina de hábitos impostos… que compramos obrigados, em quantidades industriais… para não ouvirmos os gritos de mais ninguém…
Lágrimas de sangue rasgam-me o peito numa tentativa falhada de serem ouvidas… os gritos são cada vez mais mudos… perco todas as minhas forças a gritar num silêncio contínuo, vazio, estagnado… questiono tudo ao meu redor… questiono-me incessantemente… Mas esta tristeza e raiva estão enraizadas no lado mais negro da minha alma… quero ir… deixa-me ir… não me prendas a este lugar… as minhas amarras aqui, já foram corroídas pela violência dos meus pensamentos… não me prendas aqui porque não sei se quero ficar…
Revejo-me…
em todas as frases…
em todas as pessoas…
em todos os gestos…
em todos os actos…
em todos os olhares…
e em todas as faltas de tudo isto…
Acaba de uma vez com este desespero… deixa-me fechar os olhos de vez… deixa-me… por favor… chamas-me tantas vezes, enquanto tento dormir, enquanto perco a cabeça e o controlo… que já perdi há muito a identidade… não sei onde pertenço, mas essas trevas assemelham-se tanto comigo!! Não queiras que seja eu a decidir… porque sou cobarde de mais para acabar com esta dor…humana!
Grito!!!!! GRITO GRITO até ficar sem ar… Grito! Tenho tanta vontade que esta fúria tome conta de mim e me leve!! Grito de raiva… sinto todas as minhas veias... todos os batimentos do coração… todos os mms que o meu sangue corre nesta raiva… grito por medo… por solidão…porque sofro por estar aqui… porque dói! Porque dói e ao doer não magoa só o corpo… porque dói mais que arrancar um coração em plena vida… mais que qualquer dor física…
Grito ainda… já não peço ajuda… peço que não me ajudes! Talvez se não me ajudares as coisas se tornam mais fáceis… talvez a dor pare… talvez consiga ter a coragem de acabar c esta existência inútil de existir sem viver… ou viver sem existir… já não sei bem. Já não sei nada.
“Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor não sei o que é sentir. Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.”
Já não sinto nada além desta dor… e afinal… mesmo depois de gritar… continua com a mesma intensidade… apenas me sinto mais exausta… cada vez mais…

quarta-feira, novembro 01, 2006

Gosto:
de estar sozinha, de gritar, do silêncio, da noite, do escuro, de estar triste, de olhar, de não ver nada, de sorrir, de abraços, de festas, de beijos, de berros, de cigarros, de cafés, de amigos, de carinho, de multidões, de fantasmas, de segredos, de sussurros, de paixões, de amor, de ódio, de raiva, de sonhar, de viver, de morrer, de rir alto, de viajar, de regressar, de reencontros felizes, emotivos, frios, dramáticos, tristes, de palavras doces, feias, fortes, de dizer "amo-te", de dizer "foda-se!!", de não ouvir, de fugir, de mensagens, de falar, de telefonemas, de surpresas, de prendas, de sentimentos, de fotografias, de escrever, de ouvir o que quero, de querer, de não desistir, de correr, de tocar, de agarrar, de dar murros na parede, de mandar o mundo "po caralho", de botas, de pulseiras, de aneis, de biqueiras de aço, de musica, de pessoas, de associar musicas a pessoas especiais, de férias, de dormir, de pensar, de sonhar alto, de imaginar, de fantasia, de contacto fisico, de cola, do meu computador, de net, de ter saudades, de pensar em ti, em mim, em nós, em ti, em ti e em ti aqui, de arquitectura, de desenhar, de telemoveis, de maquinas digitais, de momentos, de me abstrair do lugar onde estou (como agora) e criar o meu mundo á parte, de comer, de mousse de chocolate, de sair, de dançar, de dizer disparates, de ser o centro e estar á margem, de ficar em casa, de não me mexer, de calma, de agitação, de não parár de falar, de falar com as mãos, de calor, de praia, de mar, de água salgada, de areia, de sentir o sal napele, de maquilhagem, de perfumes, de cheiros, de gestos, de olhos, de cores como preto, branco, vermelho, verde tropa, de cinzeiros, de conduzir, de ouvir musica muito alto, de cantar, de velas de chamas de nuvens de estrelas, de voar, das minhas asas, que me chamem di, de tirar os´pés da terra, de mistérios, de linhas rectas, do lado negro, de conviver, que me chamem, de olhar, de ver, de observar, de ser tudo, de me transformar em nada, de ser o mundo, de ser o subsolo, de entranhas, de sangue, de lugares vagos no estacionamento, do luar, de sexo, do por do sol, de candeeiros, de desafios, de ouvir musica no comboio, ou no autocarro, da minha insanidade mental, de corredores estreitos, de espaços amplos, de ser forte, de ser fragil, de ter alicerces, de ter a minha personalidade, de canetas bic pretas, de usar brincos diferentes, de coisas simples, de cortes de cabelo malucos, de quuando me chamas "linda", de dizer "donut", de te sentir perto, de ouvir a tua voz, de frases soltas, do namorado, dos primos, do primo, da vida, da confusão, da desarrumação do meu quarto, de deturpar o sentido das coisas, de chinelos praia, de interruptores... gosto de mim assim!!!
Odeio:
Problemas, pessoas egocentricas, chatas, narcisistas, aranhas, solidão, cinza, dor sentimentalismos mesquinhos, hipocrisia, pessoas futeis, tiques nervosos, stress, pressão, prisões em mim mesma, crises existênciais, indiferença, estar a mais, buracos na estrada, quando falta a electricidade, quando não me deixam pensar, quando me interrompem a meio de um assunto, que me pisem, a mania da superioridade, ter ciúmes, falta de atenção, estar sempre sozinha, cortes e mutilações fisicas, meninos, o sofrimento do mundo, a fome, o cansaço, sentir falta, mesas em desiquilibrio, pessoas demasiado certinhas, o pudor, a ingenuidade excessiva, pessoas egoistas, demasiadamentepreocupadas com o seu umbigo, que exigema tua atenção quando precisam e se tão bem a cagar para ti, não ter irmãos, ter as pessoas que amo longe, distância fisica, falsos sentimentos, odiar, sofrer e querer morrer, gente oca, camisas aos quadrados, frio, monotonia, rotina, "secas", cor de rosa, alguns laços familiares, relações monotonas, frases pouco inteligentes, palavras mal escritas ou ditas, quando não me tocam, quando quero mas não posso, arrependimentos, não fazer, ter consciência, remorsos, o cheito a queimado, buzinas, figos, ordens, drogas, falsos moralismos, roupa molhada, pessoas tapadas, desilusões, decepções, comprimidos, doenças, discussões absurdas, más noticias, ter ataques de pânico, traições, depressões, limitações de qualquer tipo, seres perfeitos, que me irritem, que não batam á porta antes de abrir, quando a bateria acaba, respostas duras sem razão que me deixam deprimida, ceder, a minha insegurança.... Odeio Sentir!!